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Softbank vai investir mais cedo na trajetória de startups

Apesar de já fazer investimentos pontuais em rodadas mais iniciais de investimento, o Softbank agora terá um fundo dedicado a aportar em early stage - as startups que costumavam voar abaixo do radar do grupo. Entenda por que investir antes faz parte da nova estratégia do Softbank.

Softbank vai investir mais cedo na trajetória de startups

softbank-planeja-investir-antes-na-trajetoria-de-startups (Foto: GettyImages)

, Head de Conteúdo na Captable

7 min

2 set 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Victor Marques

Se depender do Softbank, nem tudo serão megarrodadas no futuro. As rodadas gigantescas de investimento são, geralmente, direcionadas para startups em estágios mais avançados. Rumores indicam que o gigante japonês deve anunciar em breve que deve começar a contemplar também startups em estágio mais inicial - conhecido como early stage.

O Startups.com.br divulgou que os planos do Softbank incluem - além do Latin America Fund II, focado em startups mais avançadas - um fundo de US$ 300 milhões para investir em startups em estágio mais inicial, de Seed a Série B, com aporte máximo de US$ 30 milhões. Entenda os impactos que o novo fundo deve trazer para as startups brasileiras e as razões pelas quais o Softbank decidiu olhar para rodadas menores.

IMPACTOS NO MERCADO

Historicamente, os investimentos do Softbank em startups mais avançadas são vistos como um dos grandes motivos da "inflação" no mercado de startups. Uma das possibilidades é que o mesmo ocorra agora com as rodadas early stage. Mas, startups desse estágio costumam ter mais dificuldade para levantar investimento, motivo pelo qual muitas não conseguem chegar ao tamanho necessário para atrair a atenção de grandes players - portanto, os investimentos do Softbank devem auxiliar a criar um ecossistema de startups ainda mais diverso e vibrante.

A injeção de capital no mercado de Venture Capital de estágio inicial representa um aquecimento do setor. O motivo do Softbank começar a olhar para esse segmento do mercado pode ser um arrependimento: o CEO do Softbank declarou que se arrepende de não ter investido no Nubank - em um momento em que a fintech justamente estava em seu estágio inicial - e que a negativa foi um erro de avaliação.

 Vale lembrar que o Softbank não é o único fundo internacional que pretende começar a olhar para startups em estágio inicial: Andreessen Horowitz (com investimentos através da Y Combinator) e Sequoia Capital também já fizeram movimentos ou declarações de que esse tipo de startup também está no radar para futuros investimentos por aqui.

MÚLTIPLOS

O interesse no mercado early stage não é por acaso: além de garantir que mais startups de sucesso cheguem aos estágios mais avançados e recebam novos aportes maiores (follow-on), os aportes em estágios mais iniciais geram múltiplos maiores de valorização do investimento do fundo.

É um resultado lógico, quanto mais inicial a startup menor é o valuation e mais barato sai a compra da participação nela. Então, as startups que crescerem significativamente depois do aporte darão retornos maiores - multiplicando em muitas vezes o valor investido.

O contrário também é verdadeiro: embora investir em startups mais avançadas seja menos arriscado, os retornos - apesar de muitas vezes gigantescos - são menores do que se o fundo tivesse olhado com atenção para aquela startup e aportado quando era menor.

A lei de quanto maior o risco, maior o retorno funciona no Venture Capital também, porém com tantos grandes players olhando para o segmento, parece que os benefícios estão ultrapassando os riscos para as startups da região - um indicativo de que os fundos veem até mesmo startups iniciais como mais maduras e no caminho para gerar bons retornos no médio a longo prazo.

POR QUE IMPORTA?

O Softbank foi um dos pioneiros na criação de fundos específicos para investimento em startups da América Latina. Em 2019, quando criou o Latin America Fund, separou US$ 5 bilhões para investir na região. O fundo teve tanto sucesso - os US$ 3,5 bilhões investidos até agora valem hoje US$ 6,9 bilhões - que atraiu a atenção dos outros players que passaram a investir mais frequentemente por aqui.

Agora, investindo em early stage de forma mais massiva, o grupo ganha a oportunidade de lucrar ainda mais com os investimentos, já que acompanhará as startups em mais etapas do seu desenvolvimento - comprando participação mais barata e maior nas startups, à medida que crescem.

A CapTable, plataforma de investimento em startups da StartSe, permite que qualquer um tenha a oportunidade de investir em startups. Em seus dois anos, a CapTable já captou mais de R$ 32 milhões para mais de 30 startups. Recentemente, a plataforma teve seu primeiro exit com a aquisição do Alter pelo Méliuz, os investidores tiveram mais de 70% de valorização do investimento em nove meses. Cadastre-se e conheça as captações disponíveis.

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Imagem de perfil do redator

Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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