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Entenda como RoboticTech usa IA para aumentar eficiência do setor de energia elétrica

Startup que nasceu de um projeto acadêmico deve faturar mais de R$ 1 milhão esse ano. Dentre seus projetos, está o Street Census 3D, que visa resolver desafios da companhia do setor elétrico EDP.

Entenda como RoboticTech usa IA para aumentar eficiência do setor de energia elétrica

RoboticTech usa IA para aumentar eficiência do setor de energia elétrica

, conteúdo exclusivo

6 min

3 mai 2024

Atualizado: 3 mai 2024

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Transformar projetos acadêmicos em uma startup não só é possível, como foi assim que nasceu a RoboticTech, na cidade mineira de Juiz de Fora. 

Em 2019, quando Mathaus Ferreira (CEO) e Juliano Masson (CTO) desenvolveram diversos projetos de P&D para o setor de energia elétrica, durante o mestrado e doutorado em Robótica na UFJF, decidiram transformar suas ideias inovadoras em produtos.

Isso depois de perceberem que as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica dependiam de grande mobilização, planejamento, tempo, e até expunham seus funcionários a riscos para desenvolver tarefas que poderiam ser otimizadas através da digitalização dos ambientes operacionais.

“Durante esse período, ficamos incomodados porque muitos projetos de pesquisa e desenvolvimento acabavam não resultando em produtos pela falta de uma empresa que levasse isso ao mercado”, conta Mathaus, sócio-fundador e CEO da RoboticTech, em conversa com o Startups para a série Além da Faria Lima. 

Foi a oportunidade perfeita que ambos os engenheiros enxergaram para montar um negócio.

A startup desenvolve soluções avançadas em machine learning, visão computacional, reconstrução 3D e robótica para a indústria, principalmente a de energia. 

Os produtos e projetos são customizados de acordo com a necessidade do cliente e visam aumentar a eficiência e segurança das operações através da automação.

Dentre as soluções comercializadas estão o software IRT3D, o qual terá uma versão 2.0, mais completa, a ser lançada nas próximas semanas. O software utiliza imagens capturadas por drones e inteligência artificial para criar modelos tridimensionais precisos de objetos ou áreas específicas. 

Segundo Mathaus, a RoboticTech é a única empresa no Brasil que desenvolve 100% dessa tecnologia - geralmente as outras companhias que utilizam algo semelhante buscam white label do exterior e comercializam.

Outro produto criado pela startup nasceu de um projeto para agilizar o processo de recenseamento periódico do parque de iluminação pública da EDP, distribuidora de energia elétrica do Espírito Santo. 

A solução Light Census utiliza o voo noturno de um drone para fazer o monitoramento do parque de iluminação pública, conseguindo identificar todos os tipos, potência e georreferenciar de forma extremamente precisa cada ponto de iluminação pública.

Apoio financeiro via editais

Desde a sua fundação, a RoboticTech tem crescido anualmente via bootstrap. Para se ter ideia, no primeiro ano de operação a startup faturou apenas R$ 20 mil. Com o sucesso dos projetos e mais clientes interessados nas soluções, os ganhos aumentaram exponencialmente. 

Em 2023, a startup faturou R$ 750 mil e, para este ano, a projeção é de ultrapassar R$ 1 milhão.

O único apoio financeiro que a startup teve ao longo dos seus cinco anos de vida veio de editais de fomento à inovação, que somaram R$ 500 mil. O mais recente deles foi um investimento de R$ 190 mil obtido no início deste ano pelo Programa de Empreendedorismo Industrial do Findeslab, no Espírito Santo.

O valor foi destinado para o desenvolvimento de um projeto (Street Census 3D) que visa resolver desafios da companhia do setor elétrico EDP. Através de imagens obtidas por câmera 360, a IA da RoboticTech consegue identificar todo o ambiente em volta, montar como se fosse um Google Maps daquele ambiente, identificando ativos de iluminação pública, placas na rua, presença de buracos, etc. 

É o segundo projeto criado para a EDP - a startup foi aprovada pelo mesmo edital pela primeira vez em 2021, também com um desafio proposto pela mesma companhia.

“Dinheiro, geralmente buscamos em editais e temos uma taxa de acerto bem alta. Porém, nesses últimos meses, começamos a considerar buscar um investidor não pelo dinheiro em si, e sim pelas conexões que ele pode trazer e pelo potencial de escala que nossa startup pode ganhar”, completa Mathaus.

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