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Além do Lobo de Wall Street: as penny stocks brasileiras

Entenda o que são penny stocks, quem investe nelas e a relação de penny stocks e startups.

Além do Lobo de Wall Street: as penny stocks brasileiras

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, Head de Conteúdo na Captable

6 min

6 mai 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Victor Marques

Quem assistiu ao filme de Scorsese, O Lobo de Wall Street, com atenção aos investimentos feitos, deve ter percebido o uso do termo "penny stocks". O termo ganhou notoriedade com o filme e histórias sobre ganhos com esse tipo de ação surgem frequentemente. Mas, você sabia que penny stocks não existem apenas na bolsa americana? E qual a relação de penny stocks com startups?

O QUE É PENNY STOCK?

Cada país tem suas próprias regras para determinar o que é uma penny stock. No Reino Unido, a classificação é literal, serve apenas para identificar ações que valham menos que uma libra esterlina (penny são os centavos da moeda inglesa). Nos EUA, ações de até US$ 5 dólares são consideradas penny stocks. Já no Brasil, seguimos o exemplo inglês, ações que valem menos de R$1 são consideradas penny stocks.

Além do preço, ações só são consideradas penny stocks quando a capitalização de mercado da empresa não ultrapassa um teto máximo. É importante ressaltar também, que a B3 não vê esse tipo de ações com bons olhos e, caso uma ação seja negociada por menos de R$1 em 30 pregões consecutivos, a Bolsa de Valores notifica a empresa, que deve apresentar um plano de recuperação.

COMO NASCEM AS PENNY STOCKS?

Os motivos para uma ação se tornar uma penny stock são variados: a empresa pode estar em processo de falência, passar por problemas de gestão, corrupção ou apenas estar enfrentando um período de crise e instabilidade. De qualquer maneira, muitos investidores se veem atraídos por esse tipo de ação, que por ter valor muito baixo, possui alta volatilidade, com mudanças de valor bruscas, impactando de forma significativa o valor investido.

Diferente de empresas com ações estabelecidas na Bolsa de Valores, as penny stocks costumam atrair investidores que gostam de risco, investidores que fazem day trade - como é chamada a prática de compra e venda de ações diárias -, por exemplo, observam de perto esse tipo de ação para tentar realizar lucros em um só dia.

EXEMPLOS DO BRASIL

Um exemplo de ação que foi penny stock e hoje se estabeleceu na B3 são as ações do Magazine Luiza (MGLU3) que chegaram a ser negociadas a R$ 0,10 em 2016 e em 2021 são negociadas a R$ 21,00 - R$ 25,00. Para quem investiu em 2016 e manteve as ações na carteira, uma valorização de mais de 21000%.

O inverso também ocorre, as ações da Oi (OIBR3), por exemplo, chegaram a ser negociadas por R$ 127 em 2012, caíram para a categoria de penny stocks em agosto de 2019, sendo negociadas por R$ 0,80, e somente em junho de 2020 ultrapassaram a barreira de R$ 1 novamente. 

Magazine Luiza (Foto: Getty Images)

PENNY STOCKS VERSUS STARTUPS

Mas afinal, o que as penny stocks têm a ver com startups? Ocorre que muitas das características se repetem nos dois investimentos. Assim como nas penny stocks, investir em startups têm probabilidade de altos retornos, já que startups têm grande potencial de crescimento e também há a chance da startup ser comprada por uma maior. Os papéis das startups ainda possuem baixa liquidez, da mesma forma que as penny stocks, embora mudanças de regulação iminentes devam mudar o cenário.

POR QUE IMPORTA?

Os riscos dos dois tipos de investimento são muito semelhantes e os cuidados necessários para fazer bons negócios, também. É importante entender bem o momento da empresa e o setor em que ela está inserida. A qualidade da comunicação da companhia com seus acionistas é imprescindível e é importante analisar a saúde financeira, qualidade da gestão e a capacidade de crescimento da empresa escolhida.

A CapTable, plataforma de investimentos em startups da StartSe, faz esse trabalho de análise das startups para proporcionar as melhores oportunidades de investimento em startups, de forma desburocratizada e digital. O objetivo da plataforma é possibilitar o acesso a negócios inovadores e escaláveis com alto potencial de crescimento.

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Imagem de perfil do redator

Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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