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Open Banking e a inovação através da oferta de serviços

Entenda como o novo sistema abre oportunidades para clientes, bancos e startups com apoio de muita tecnologia.

Open Banking e a inovação através da oferta de serviços

Mulher no celular com gráficos na tela (foto: simon2579/Getty)

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Um oferecimento

Por Belisa Frangione.

Certamente o termo Open Banking pode soar familiar, mas será que você sabe explicar exatamente o que é e como funciona? É um banco? Um sistema? Um novo meio de pagamento? Sim, na verdade é a junção de tudo isso e mais um pouco. 

Para início de conversa, o Open Banking teve início em 2018, na Inglaterra, e chegou em 2021 ao Brasil, com alguns comparadores de tarifas bancárias, tipos de contas e cartões de crédito. Trata-se do compartilhamento de informações dos clientes e serviços financeiros contratados entre instituições autorizadas, trazendo uma grande revolução com dados que eram exclusivos anteriormente à instituição bancária que os clientes possuíam conta. 

Leonardo Abrão, CEO da Abrão Filho Banking & Câmbio, conta que o Open Banking começou no Brasil por uma iniciativa do Banco Central. Houve uma consulta pública a partir de novembro de 2019 e, através dela qualquer cidadão poderia entrar, tirar dúvidas, fazer sugestões ou até críticas.

Rogerio Melfi, coordenador do GT de Open Banking da ABFintechs, detalha que a primeira fase do Open Banking oficial começou em fevereiro de 2021, com o escopo de compartilhamento de dados das instituições financeiras e a segunda fase está em processo de ciclos de implantação. 

“É nesta que será possível que um cliente compartilhe suas informações como dados pessoais, saldos e extratos ou operações de crédito. Podemos classificar em quatro fases, mas dentro dela temos ciclos de implantação do cronograma”, reforça.

Bruno Chan, CEO da Klavi, plataforma de Open Banking desenvolvida com foco no público B2B, afirma que o Banco Central e as instituições participantes do Open Banking estão sendo cautelosos na implementação do novo sistema no Brasil. Ele atualiza como estão essas fases:

1ª fase – Facilita o compartilhamento de dados não sensíveis como canais de atendimento e as características de produtos e serviços oferecidos pelos bancos. [Processo já implementado.]

2ª fase – Facilita o compartilhamento de dados cadastrais e informações de conta corrente, cartão de crédito e outros produtos contratados no banco. [Processo 25% implementado.]

3ª fase – Permite a movimentação financeira a partir de aplicativos e plataformas externas ao ambiente no qual mantém sua conta. [Previsto para 29/10.]

4ª fase – Facilita o compartilhamento de dados de câmbio, investimento, seguro e mais. [Previsto para 15/12.]

COMO PARTICIPAR

Mulher segurando cartão de crédito enquanto usa computador (foto: Pickawood/Unsplash)

Via de regra, todas as empresas participantes precisam ser reguladas pelo Banco Central dentro das modalidades como instituição financeira, instituição de pagamento, sociedade de crédito e mais. Na prática, startups podem participar do Open Banking caso passem a ser reguladas pelo Bacen.

O Open Banking é uma estrutura de compartilhamento e, assim, a participação neste compartilhamento para o consumidor é opcional

“A participação acontece sempre de forma digital (online), a partir da instituição receptora, onde o usuário começa sua jornada para dar o consentimento para acessar os dados de uma outra instituição (transmissora). Na instituição transmissora, o usuário é autenticado e confirma o consentimento para a transmissão dos dados. Além disso, o consumidor poderá também revogar este consentimento a qualquer momento, sempre de forma digital”, detalha Melfi.

André Luiz Silva, COO da a55, fintech que viabiliza crédito para empresas de tecnologia, ressalta que o conceito de Open Banking em startups no Brasil já existe e que alguns bancos permitem conexões com a anuência do usuário. 

Existem alguns tipos de startup atuando com teses de Open Banking diferentes. Vou citar dois exemplos de cada modalidade: infraestrutura e leitura de dados: Pluggy e  Belvo. Consultoria financeira: Guiabolso e Olivia.AI.” 

EM OUTROS PAÍSES

Celular com ações da Tesla (foto: Aidan Hancock/Unsplash)

Abrão lembra que, na Europa, as regras de Open Banking foram aprovadas pelo Parlamento Europeu e que a Inglaterra chegou a criar um órgão somente para tratativas a respeito do assunto.

“A ideia era que, de maneira compulsória, os maiores players bancários fossem integrantes do sistema aberto financeiro e compartilhassem as informações com os players não bancários, que podem ser startups de cunho tecnológico ou não. Nós temos aí, (inclusive) arranjos de pagamentos controlados por players bancários, como os bancos digitais comercialmente falando.”

Melfi faz uma separação por continentes: “na Europa, principalmente no Reino Unido, há o estágio avançado em relação às instituições financeiras e TPPs (third party providers), provedores terceiros, que podem ter acesso às informações, sempre com o consentimento dos usuários. Já a Ásia tem evoluído também com destaque para Cingapura em ambiente regulado e outros países de maneira não regulada. Na Oceania, há casos como da Austrália, voltados ao direito do consumidor e sua liberdade com os dados.”

Já Silva complementa: “na América Latina, temos dois Bancos Centrais bem à frente com projeto de Open Banking: México e Brasil. O Chile seria o próximo país a efetivamente implantar um sistema de Open Banking, pelas criações de novas regulações a fintechs e outros participantes do ecossistema.”

AS EXPECTATIVAS PARA O BRASIL

Banco Central do Brasil (Foto: Marcello Casal Jr via Agência Brasil)

De acordo com Chan, mais de 90% dos dados financeiros de consumidores estão concentrados em cinco grandes bancos, o que cria uma dinâmica pouco competitiva para novos entrantes como startups. 

Uma das iniciativas do Open Banking é democratizar os dados financeiros, reduzindo a assimetria de dados, para que novos entrantes tenham mais poder competitivo. Quem ganha, no final, são os consumidores que terão mais acesso a produtos e serviços financeiros baratos e mais eficientes.”

Na visão de Melfi, apesar de um entrave ou outro, no Brasil, as oportunidades para Open Banking são inúmeras, já que ele contribui para a eficiência do sistema financeiro, aumenta a concorrência entre as instituições financeiras e colabora para inovação em produtos e serviços e fomenta a inclusão financeira

“Um fermento para o sistema financeiro crescer de maneira consistente, o que leva a melhores ofertas de produtos aos consumidores, com taxas mais justas e adequadas para cada cliente.”

Abrão alerta que as as expectativas para o Brasil são uma questão muito particular, pois cada um tem a sua experiência e a sua ótica, e que o próprio Banco Central dispõe que haverá a possibilidade de surgimento de novas formatações empresariais, buscadores e comparadores de tarifas bancárias.

“Essa abertura dos dados, feita por demanda expressa do correntista, de fato gera um novo ambiente potencial para que muitas startups de cunho tecnológico possam traçar comparativos de prazos e de custo. Elas podem ainda ofertar na sua Wallet própria, ou na de terceiros, uma gama de produtos.

Com atuação há mais de 10 anos no mercado, a Abrão Filho é parceira de inúmeras Fintechs facilitando e estruturando as necessidades bancárias e cambiais. Desta forma, conseguimos prosseguir com o relacionamento bancário, e a solução em cambio para viabilização de fluxo de capitais e pagamentos internacionais inerentes a sua operação.

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