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Por que a música de Rihanna virou NFT que paga royalties aos fãs?

Entenda como funciona vender arte com NFT e quem já está apostando nisso

Por que a música de Rihanna virou NFT que paga royalties aos fãs?

Rihanna (Foto: Cooper Neill / Colaborador)

, jornalista da StartSe

12 min

21 mai 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Inovação está também no mundo da música. A cantora e empresária Rihanna relançou um trecho de sua música “Bitch Better Have My Money”, composta por ela, Travis Scott, Kanye West e outros famosos, em NFT.

A ação foi feita por meio da Web3 anotherblock, startup de música, e permite que os compradores recebam royalties parciais de streaming. 

Por que importa? Todo cliente, que no caso da Rihanna são os fãs, prezam pela exclusividade. Assim, o lançamento da música em NFT é uma baita sacada para isso.

Mas não para por aí. Outros artistas também apostam em NFT. Confira:

NFT: mas afinal, como artistas estão vendendo obras através de criptomoedas?

Se você não ficou curioso com NFT pela tecnologia, com certeza ficou surpreso com o valor das artes vendidas, chegando a milhões. E não precisa ser arte, pode ser apenas meme: o da menina posando em frente a casa em chamas foi vendido por US$ 480 mil (cerca de R$ 2,5 milhões).

Descobrimos, agora, que a protagonista do meme -- chamada de “Disaster Girl” --  é Zoe Roth e tem 21 anos. Agora, vendas como essa têm ficado cada vez mais frequentes no Brasil e ao redor do mundo.

Recentemente, um NFT de uma arte digital da Havaianas foi vendido por R$ 5,6 mil em um leilão, mostrando que essa pode ser uma forma de digitalização da arte e da própria venda dela.

 

NFT: COMO FUNCIONA?

 

NFT é a sigla para “non-fungible token”, ou “token não fungível”. É um item virtual cuja autenticidade é comprovada através da Blockchain - a mesma tecnologia usada nas criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum.

Exemplificando: mesmo que um meme seja reproduzido por toda a internet, a pessoa que tem a “peça original” é quem adquiriu o NFT. E embora o NFT seja um ativo digital, pode representar a venda de itens reais e ser até uma forma de investimento. Assim como nas criptomoedas, o diferencial é que todo o caminho de venda do produto pode ser rastreado, impossibilitando falsificações.

“No NFT, você compra a certificação e junto dela vem a arte. É uma forma de autenticar, assim como na arte tradicional há o certificado do artista e da galeria. Para venda posterior, é necessário concordar com os termos, direitos autorais e reprodução, entre outros”, explica Maurício Bressan, CEO do NAP Studio, em entrevista à StartSe. O NAP Studio um estúdio que auxilia artistas a venderem NFTs.

 

COMO VENDER ARTE ATRAVÉS DE NFT?

 

O NAP Studio foi criado a partir do Nosso Art Place, um marketplace de venda online de arte. O Nosso Art Place -- composto por Mauricio Bressan, Luiz Otávio e Arnaldo Etrusco -- se uniu à empresa de tecnologia Whooper Technologies, do empresário André Luiz, para atender à demanda dos artistas brasileiros com a nova tendência de NFT.

“Para vender uma arte com NFT, é preciso, primeiro, gerá-lo. Esse processo é chamado de ‘mintagem’ e significa registrá-lo na blockchain, o que envolve comprar e pagar o registro através de criptomoedas”, explica Luis Otávio, diretor de tecnologia no NAP Studio.

As criptomoedas utilizadas variam de acordo com o marketplace de venda escolhido. A moeda virtual mais utilizada é o Ethereum, a segunda criptomoeda mais valiosa do mundo. Ela tende a ser escolhida devido à maior facilidade no registro de informações em sua blockchain, possibilitando os “smart contracts” ou “contratos inteligentes”.

“É necessário fazer uma análise dos marketplaces que existem hoje para entender quais são os mais viáveis. Existem públicos específicos, opções com ou sem curadoria, se há divulgação da obra, entre outros detalhes”, comenta Otávio.

 

OS MARKETPLACES DE NFT

 

Com a popularização desta tendência, existem cada vez mais plataformas de venda de NFT no mercado. Algumas delas são: OpenSea; Rarible; SuperRare; BakerySwap, entre outros. “Mas não basta apenas disponibilizar a obra, é necessário divulgar -- e alguns marketplaces possuem pacotes para isso. Eles oferecem e-mail marketing, divulgações nas redes sociais, entre outros”, explica Arnaldo Etrusco, artista e parte do NAP Studio, em entrevista à StartSe.

A NAP Studio acompanha os artigos desde a criação do NFT à venda e recebe uma porcentagem do valor da transação. Um dos planos para o futuro do estúdio é de desenvolver o próprio marketplace de NFT.

COMO PRECIFICAR UMA ARTE EM NFT?

 

Se precificar uma arte ainda pode ser um desafio para muitos, em NFT essa questão pode ser ainda mais complicada. Isso porque o valor se dá em criptomoeda e também pode ser volátil. Há quem tem chamado o movimento atual -- em que obras e até memes são vendidos por milhões -- de bolha.

Os NFTs de milhões de dólares são exceções, assim como no mercado de arte comum. A precificação varia de acordo com o reconhecimento do artista. Como o NFT é um novo segmento, é necessário pesquisar para entender a média”, explica Etrusco. “O mercado de arte é singular porque não necessariamente prima apenas pela técnica, mas pela importância no momento; em alguns anos, uma obra pode valer milhões ou até diminuir o valor”. O preço de mitagem é um valor que deve ser levado em conta nesse processo.

 

NFT É SÓ DIGITAL?

 

A compra do NFT é naturalmente digital, por se tratar de um token. No entanto, há casos em que os artistas enviam as obras físicas -- seja o original ou uma reprodução assinada. Há ainda a possibilidade de atribuir ainda mais valor ao digital ao adicionar novas características, como sons, movimentos, dentre outros elementos que não são possíveis na mídia física.

 

QUEM ESTÁ APOSTANDO NO NFT?

Thumbnail do vídeo

Artistas brasileiros e do exterior já estão apostando no modelo. Além da Havaianas, como no exemplo citado anteriormente, o artista plástico Norberto Noschang pretende vender NFTs com o auxílio da NAP Studio.

O músico Supla também disponibilizou animações, retratos e ilustrações junto ao cineasta Frederico Lapenda. Ele escolheu a plataforma Rarible para sua estreia.

Já no exterior, a banda Kings of Leon disponibilizou a coleção “NFT Yourself”, em parceria com a startup Yellowheart. A coleção trazia um álbum especial, tickets para shows e artes audiovisuais.

“Quebrar novos caminhos nunca é fácil, se fosse, não seria inovador. Muitos fãs estão comprando NFT pela primeira vez e experimentando uma curva de aprendizado”, disse o Kings Of Leon em comunicado sobre o lançamento. A banda teve uma receita de US$ 2 milhões com esse modelo.

E não para por aí. A Fox anunciou, no dia 17 de maio, a “Blockchain Creative Labs”, uma nova empresa para focar em NFT. A rede de TV irá produzir uma nova animação de Dan Harmon, criador de Rick and Morty, dentro da blockchain. A série será de comédia e chamada “Krapopolis”. A empresa irá lançar NFTs dos personagens, artes de plano de fundo, GIFs e tokens de recompensas para os fãs. Será que essa moda pega?

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Imagem de perfil do redator

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.

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