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Móveis por assinatura: tendência reduz impacto ambiental

Desenvolvida a partir da economia circular, startup Tuim aluga toda a mobília para casa e busca revolucionar o setor.

Móveis por assinatura: tendência reduz impacto ambiental

Mulher e homem carregando sofá (foto: RgStudio/Getty)

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Um oferecimento Enel

Por Emily Nery.

Um dos primeiros planos que temos ao mudar de residência é decorar e mobiliar com peças que combinem com o nosso estilo — se possível, com tudo novo. Mas essa renovação não costuma sair barata e descartar mobília não é nada sustentável. E se fosse possível manter o visual da moradia sempre atualizado, trocando de móveis quantas vezes fosse necessário e sem precisar jogar nenhum item no lixo? A solução já existe e faz parte do que chamamos “economia compartilhada”.

Fundada pela economista Pamela Cruz, a Tuim é um startup de móveis por assinatura com foco nessa possibilidade. “Entramos (no segmento) justamente pautados nas questões da economia circular e do compartilhamento. Nós víamos que as pessoas estavam se mudando cada vez mais e só existiam planos de assinatura de imóveis e nenhum de mobília”, conta. 

Sediada em São Paulo, mas com operações no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba, a startup já conta com uma base de clientes que supera 600 pessoas que buscam pelo desprendimento, pela facilidade e pelo imediatismo também. A empresa foi incubada pela John Richards, companhia do setor de aluguel de móveis para pessoas jurídicas.

MÓVEIS ON DEMAND

Site da Tuim (foto: reprodução)

A CEO conta que a mudança para um novo espaço costuma ser algo estressante e exaustivo, em virtude da reorganização de todos os móveis e a desvalorização dessas peças na hora da venda. Então, desenvolveu uma plataforma que traria autonomia ao cliente para escolher a mobília que gosta e pagar apenas um valor de aluguel por ela. No site da Tuim, existem mais de 150 produtos que se diversificam entre: bancos, cadeiras, mesas, sofás, racks, poltronas, sofás, tapetes e até televisões. O interessado pode simular os preços conforme o tempo que pretende alugá-los – período que varia de 2 a 12 meses. 

Pamela afirma que o que impulsionou inicialmente a startup foi o fato de seus clientes terem um perfil “cambiante”. Ou seja, pessoas que mudam muito de residência, que largam mão da posse de objetos em troca de experiências e têm consciência do seu impacto no meio-ambiente. 

Utilizando a economia circular na prática, a iniciativa também prolonga a vida útil de um móvel. “Nós oferecemos uma peça de boa qualidade e a pessoa pode usar pelo período que precisar. Quando o produto não faz mais sentido, nós o retiramos, fazemos a manutenção necessária e o deixamos disponível para o próximo cliente”, explica Pamela. Se algo foi danificado, a Tuim conta com seu próprio grupo de restauração. Ou seja, jogar no lixo, só como última opção. 

MÓVEL COMPARTILHADO, USO PESSOAL

(Foto: Pexels)

E nada de usar os móveis como se estivesse de visita. A liberdade de se sentir à vontade em casa impera. A empresária enfatiza: “Queremos que o cliente use a mobília como se fosse dele. A Tuim tem consciência de que o móvel vai ser usado, o dano por uso está previsto em nosso modelo de negócio”.

Com o intuito de reduzir o descarte ao máximo e também ajudar a parte da população que não têm condições de comprar móveis duráveis, a Tuim passou a dar um novo sentido aos produtos que, aparentemente, já estão no fim de seu uso primário. Quando não estão mais no padrão de locação, eles podem ser destinados para o outlet ou passam por uma manutenção e são doados.

Em alguns casos, a empresa reforma a peça e dá uma nova função a ela, diferente de sua atribuição original, o chamado upcycling. “Tínhamos racks aparadores, nós os reformamos, fizemos uma pintura, adesivagem e transformamos em um bar. Ele pode não fazer sentido para locação, mas nesse caso, o colocamos para venda ou doação”, explica. 

CRESCIMENTO NA PANDEMIA

O segundo fator que realmente alavancou as vendas da Tuim em São Paulo foi a pandemia. Da noite para o dia, 46% das empresas no Brasil passaram a adotar o home office, conforme aponta a Agência Brasil. Nesse curto espaço de tempo, as pessoas precisaram montar um escritório dentro de suas casas. Dessa forma, a alta procura por mesas e cadeiras de trabalho novas hiperinflacionaram esse mercado. Os consumidores, então, procuraram por alternativas, como a Tuim, por exemplo. 

Pamela afirma que houve uma mudança no comportamento e na relação do morador com a sua casa. “As pessoas não viviam muito em casa. Com a pandemia, elas passaram a repensar sobre o local em que moravam. Elas queriam um lugar mais aconchegante para viver”. 

Para expandir suas operações, a Tuim fez parcerias com empresas como o Quinto Andar, a Loft, Luggo, Zap Home, Housi e VIila 11. Para os clientes dessas marcas, são oferecidas condições especiais para mobiliar suas casas e apartamentos. 

ALUGUEL DE UTENSÍLIOS

Pamela Paz, CEO da Tuim (à direita) (foto: divulgação)

Com o tempo, a empresária percebeu que havia uma série de outros utensílios que as pessoas queriam usar em momentos pontuais, mas não viam sentido em comprá-los. Foi aí que ela expandiu a atuação com a criação do Tuim Box, um locker automatizado que fica alocado em um prédio em São Paulo e permite que o morador alugue os produtos dispostos nas prateleiras somente quando for usar. “Pensando em apartamentos menores, você realmente precisa de uma batedeira ou uma máquina de pão? Ou só vai usar às vezes?”, indaga a CEO da empresa. 

Nos lockers, ficam pequenos eletrodomésticos, como liquidificadores, fritadeiras elétricas e furadeiras. O promissor projeto segue a proposta da Tuim em oferecer experiência ante a posse. “É uma migração no olhar de que não precisamos ser proprietários das coisas que usamos no nosso dia a dia. É uma utilização dos recursos de uma forma mais inteligente.”

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